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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013



Questões de Geografia

1)Organização que tem como objetivos principais a defesa da paz e da segurança mundiais e a cooperação econômica, cultural e social entre seus membros.
a) OMC
b) ONU
c) OMS
d) FAO
2)Organização que foi criada para substituir o Acordo Geral de Tarifas e Comércio:
a) OMC
b) GATT
c) OTAN
d) OCDE
3)Instância da ONU no qual as deliberações são de recomendação, e todos os membros podem participar:
a) Banco Internacional
b) Assembléia Geral
c) Organização Mundial da Saúde
d) Conselho de Segurança
4)A ação dessa organização baseia-se no desenvolvimento de tratamentos simplificados e medicamentos de fácil utilização:
a) OIT
b) OMC
c) ONU
d) OMS
5)Organização que considera as relações de trabalho fundamentais para a efetivação dos direitos humanos, pois proporciona condições de vida digna e independente para as pessoas:
a) OIT
b) ONU
c) OMS
d) UNESCO
6)Organização que tem entre seus objetivos, a elevação do nível de vida da população rural e o crescimento da economia mundial:
a) OMC
b) ONU
c) OMS
d) FAO


7)Instância da ONU no qual as deliberações são de natureza obrigatória, e possui quinze países membros:
a) Banco Internacional
b) Assembléia Geral
c) Organização Mundial da Saúde
d) Conselho de Segurança

8)A ação dessa organização baseia-se nas relações de trabalho em condições de liberdade, equidade, seguridade e dignidade:
a) OIT
b) OMC
c) ONU
d) OMS

9)Organização que atua na ciência, cultura e educação, prioriza a difusão do conhecimento, preservação das culturas e qualificação da comunicação entre os países e entre as pessoas:
a) OIT
b) ONU
c) OMS
d) UNESCO

quinta-feira, 22 de março de 2012

Atividade sobre mundialização

A MUNDIALIZAÇÃO DA ECONOMIA





Na atual geografia do planeta, espaços isolados são muitos raros, devido à mundialização sem precedentes da economia e da vida dos homens, que, progressivamente, vão se transformando em cidadãos do mundo.

Hoje, os produtos agrícolas e industriais são intercambiados mundialmente e o movimento da economia vai transformando o planeta num lugar praticamente sem fronteiras e cada vez mais urbano e industrial.

Um dos protagonistas desse processo de mundialização são as empresas multinacionais, ou seja, empresas que possuem filiais fora de seu país de origem, estando, portanto, instaladas em mais de um país.

Atuantes nos mais variados setores, como o industrial, o agrícola, o bancário, o comercial, o de serviços e etc..., essas empresas conseguem definir suas estratégias como se o mundo não tivesse fronteiras. Na verdade, é graças à atuação globalizada das empresas multinacionais e à necessidade de planejar suas atividades pêlos espaços mundiais que as fronteiras vão sendo, literalmente, superadas.







O TAMANHO DAS EMPRESAS MULTINACIONAIS







Existem várias empresas multinacionais que tem obtidos nas últimas décadas grandes faturamento brutos, vamos ver o exemplo da General Motors, que é uma empresa do ramo automobilístico.

A imagem das empresas multinacionais está associada, sobretudo, ao seu grande porte. Contam, em geral, com diversas instalações em seus países de origem e em vários outros países do mundo. Por causa de suas dimensões, lidam com fantásticas somas de dinheiro. Isso é fácil de perceber se fizermos uma comparação entre o faturamento bruto anual das vinte maiores empresas multinacionais e o Produto Interno Bruto ( PIB ) – que representa toda a movimentação econômica anual - de cada um dos países do mundo.

Considerando que o mundo tem cerca de duzentos e trinta países ( 230 ), apenas 26 países apresentam um PIB superior ao faturamento da General Motors. Esses dados são suficientes para demostrar que se trata de empresas gigantescas, que lidam com uma quantidade de recursos muito maior do que a maioria dos países do mundo. Por isso, é justo supor que elas dispõem de uma capacidade de influência econômica muito grande, afetando as decisões de política econômica de muitos países.

Por definição consideram-se multinacionais as empresas que desenvolvem suas atividades em mais de um país. Porém, para podermos compreender o real significado e importância dessas empresas no mundo de hoje, é fundamental identificar com precisão o ambiente político-econômico em que elas surgiram e se desenvolveram.

A FORMAÇÃO DAS GRANDES EMPRESAS





Países europeus como o Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica entre outros já dominaram diretamente vários territórios espalhados por quase todo o mundo, constituindo seus impérios coloniais. Os interesses desses Estados colonizadores estavam ligados a diversos fatores. Os domínios territoriais serviam não somente como fontes de matérias-primas e de riquezas minareis, mas também como mercados cativos para os produtos das metrópoles. Mesmo os territórios desprovidos de alguns desses atrativos eram colonizados por uma potência somente para que não caíssem em outras mãos.

Para explorar esses domínios, as metrópoles incentivaram, promoveram e até concederam a inúmeras empresas facilidades de operação nas colônias. A Royal African Co., a East Índia Co., a Britsih Petroleum, a Compagnie Française de Pétroles e a Union Minière du Haut Katanga são apenas algumas das empresas britânicas e francesas que atuavam nas metrópoles e nas colônias, podendo, portanto, ser consideradas multinacionais. Como o Estado metropolitano utilizava-se dessas empresas para viabilizar sua exploração colonial, podemos dizer que agia como promotor da multinacionalização.



A ORIGEM DAS EMPRESAS MULTINACIONAIS



Mas já vão de longe os tempos em que a multinacionalização era feita em territórios protegidos políticas e militarmente pelos Estados colonizadores europeus. Na verdade, a origem das multinacionais de hoje não deve ser procurada somente nessas empresas comerciais, mineradoras e agrícolas que se formaram no período colonial, mas também no processo de concentração do capital que se estabeleceu, sobretudo, a partir do crescimento e concentração de pequenas oficinas, comuns no primeiros tempos da industrialização capitalista.

As industrias modernas nasceram como manufaturas domésticas, ou seja, os artesãos trabalhavam em suas casas com equipamentos manuais, elaborando produtos sob encomenda para os comerciantes que lhes forneciam as matérias-primas e encarregavam-se, depois, de levar o produto acabado ao comércio. Esse tipo de manufatura foi chamado Industria Doméstica justamente porque suas atividades produtivas desenvolviam-se predominantemente nos domicílios dos artesãos.

Ainda hoje em alguns ramos manufatureiros, é possível encontrar indústrias domésticas. É o caso, por exemplo, de confecções que fornecem os cortes de tecido para costureiras. Estas executam o trabalho em casa, com suas máquinas, e entregam o produto manufaturado. Mas esse sistema já não é dominante há muito tempo.

Quando os comerciantes sentiram a necessidade de controlar o trabalho dos artesões de forma mais constante, para que estes apresentassem maior produtividade, começaram a surgir as fábricas. A reunião de todos os trabalhadores para exercerem suas funções num mesmo lugar – a fábrica – permitiu o controle do processo de trabalho pelo patrão ou seus capatazes.

Inicialmente, a maioria das fábricas era de pequeno porte. Mas logo algumas delas começaram a se destacar, em diferentes ramos industriais, tornando-se empresas de maior porte com condição, inclusive, de incorporar outras menores.

Com o passar do tempo tornou-se cada vez mais freqüente a formação de empresas maiores, que concentravam grande investimento e capacidade produtiva.

A concentração do capital em mãos de poucas empresas e proprietários (capitalistas ) nos permite afirmar que essa é uma característica inerente ao capitalismo. O aparecimento da fábrica e, em seguida, de fábricas cada vez maiores teve forte repercussão no espaço geográfico. Isso porque a produção manufaturaria, que antes ocorria em pontos dispersos da cidade e do campo, nos domicílios dos artesãos, passou a se concentrar em pontos do território : as fábricas.



OS MONOPóLIOS



A formação das empresas de grande porte implicou o aparecimento de situações de monopólio, que se tornaram evidentes já na Segunda metade do século XIX, quando apenas uma ou poucas empresas passaram a controlar a produção ou a comercialização da totalidade ou da maior parte de certos produtos. A indústria automobilística nos Estados Unidos fornece um bom exemplo desse processo. A General Motors foi criada em 1908 a partir da fusão de cinco empresas. Até 1923, a empresa absorveu dezessete outros fabricantes de veículos, tornado-se, então, maior do que a Ford. Nessa época, existem ainda no país outras 88 fábrica de veículos. Em 1935, doze anos depois, havia somente dez fabricantes de veículos nos Estados Unidos apenas a General Motors, a Ford e a Chrysler detinham 90% do mercado de automóveis, sobrando apenas 10% para serem divididos pelas outras sete empresas.

Nesse processo de concentração, o capital dos bancos exerceu um papel ativo e importante : ao se associarem ao setor industrial, unificando seus interesses, os bancos canalizaram recursos que imprimiram maior intensidade e velocidade ao processo de concentração de capitais a que nos referimos.



AS EMPRESAS SALTAM AS FRONTEIRAS



A abertura de filiais no estrangeiro, sobretudo por empresas de grande porte, variou conforme o tipo de atividade a que se dedicava a empresa.

Com o incremento da produção industrial no final de século XIX, em diversos países europeus e nos Estados Unidos, apresentou-se para as empresas a questão de garantir o fornecimento de matérias-primas básicas para suas atividades. Num primeiro momento, a disputa para controlar as fontes de matérias-primas – principalmente no que se refere aos minerais – deu-se dentro do próprios países-sede dessas empresas.

Com a descoberta de jazidas minerais em vários lugares do mundo, essas empresas buscaram garantir a continuidade de suprimentos instalando-se em locais próximos a elas. As empresas com sede nos Estados Unidos ou na Europa, que implantaram filiais em países tropicais com a finalidade de ali produzirem para exportação. Foi o caso, por exemplo, das empresas agropecuárias United Fruit, Standart Brands, e Del Monte, controlando a produção de bananas e abacaxis na América Central, Filipinas e Havaí, e dos fabricantes de pneus Dunlop, Michelin e Firestone, controlando a produção de látex na Malásia, Indochina e Libéria, respectivamente. As empresas saltaram fronteiras em busca, de condições físicas adequadas à exploração de determinados produtos. No primeiro caso, da existência de jazidas minerais, no segundo, de condições climáticas propícias à plantação de determinados produtos agrícolas.

Além dessa correspondência entre as características físicas de determinados territórios e as atividades destinadas á explorá-la, a conveniência política também é importante, porque a implantação dessas atividades em outros países é muito facilitada quando os governos locais a apoiam. Esse apoio, muitas vezes, traduz-se em doações de termos para instalação das empresas ou na forma de incentivos fiscais, tais como isenção ou abatimento de impostos.

Quando se trata, porém, de empresas que não se dedicavam à mineração nem à agropecuária, mas sim à fabricação de produtos, a instalação de filiais dirigiu-se para outro tipo de país. Como estavam ligadas à produção tecnologicamente avançadas, essas empresas tiveram de recorrer a países que apresentavam economias e marcados mais dinâmicos para sua expansão. Não foi por acaso, portanto, que empresas desse tipo, com sede nos Estados Unidos, passaram a abrir filiais na Europa e vice-versa, ainda no final do século XIX.

Tanto de um lado quanto de outro, o que essas empresas buscavam era atingir outros territórios em, através da exploração de novos mercados, ampliar a sua capacidade de acumular capital e crescer num ritmo mais acelerado.

Esse processo de multinacionalização foi empreendido principalmente pelas empresas de maior porte a que nos referimos anteriormente e se verificou durante toda a primeira metade deste século. A partir da década de 50, esse processo ampliou consideravelmente sua velocidade e mesmo os países que apresentavam menor nível de atividade econômica passaram a abrigar filiais de grandes empresas.

Esse movimento vem transformando a geografia do planeta, uma vez que faz aumentar a participação de um número crescente de países tanto na produção industrial quanto no comércio internacional.

Devido a essa superação das fronteiras entre os países, há inclusive quem considere inadequado chamar tais empresas de multinacionais, argumentando que o termo induz à suposição de que possuem várias nacionalidades.

Transnacionais, segundo alguns, seria a designação mais apropriada para essas empresas que têm seus negócios transitando sobre as fronteiras de vários países.

A década de 90 apresenta um aprofundamento desse processo, hoje a palavra mundialização refere-se mais a um mundo praticamente sem fronteiras para o movimento da economia.

Nesse processo de mundialização um elemento cada vez mais importante a ser observado são os capitais aplicados na constituição ou compra. A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento ( UNCTAD ), órgão da ONU, estima que existam na atualidade aproximadamente 39 mil empresas transnacionais e 270 mil filiais em países estrangeiros, que tiveram vendas ao redor de 6 trilhões de dólares em 1995. Os cem maiores grupos transnacionais detêm aproximadamente 1/3 do montante mundial desses capitais, o que nos dá uma noção da sua dimensão e capacidade econômica e financeira.

Uma das características mais constantes desses grandes grupos empresariais é o seu contínuo crescimento, transformando-os assim no que podemos denominar mega empresas. Durante o ano de 1995, 229 bilhões de dólares foram gastos por essas empresas somente no que diz respeito a aquisições e fusões de empresas, sem considerar o que ocorreu especificamente dentro de cada país. A fusão de empresas é acompanhada pela concentração de capitais em determinados países, uma vez que as cem maiores multinacionais têm sede nos países mais industrializados, os chamados países desenvolvidos, e é justamente nesses países que os maiores investimentos são realizados. Tal fato é ainda mais significativo quando sabemos que apenas um país – a China – tem absorvido, nos últimos três anos, aproximadamente 40% dos recursos destinados aos países subdesenvolvidos, o que nos leva a concluir que os demais países assim classificados ficam com uma pequena parcela desses capitais.

Os bancos, por sua vez, têm um papel decisivo no processo de concentração e transnacionalização dos capitais, já que eles precederam e acompanham as empresas, tanto através de empréstimos para financiar implantações no exterior quanto fazendo eles mesmos investimentos diretos nos processos de fusão ou criação de novas empresas.





O ESTADO E OS GRANDES CONGLOMERADOS





O estado e as grandes empresas mantêm uma relação muito estreita. Mas essa relação se dá de forma muito diversa de um país para outro.

Já é tradicional o apoio que determinados Estados fornecem às empresas nacionais de seus países, quando estas têm seus interesses ameaçados nos diversos lugares do mundo onde estão instaladas. São freqüentes os esposórios em que países sofrem represálias das grandes potências por terem nacionalizado empresas multinacionais ou apenas ameaçado fazê-lo. Em vários países, governos chegaram até a ser derrubados porque assumiram uma política hostil à presença das empresas com sede nas grandes potências.

Quando determinados Estados dizem defender os seus interesses nacionais em diversas partes do globo, na verdade estão defendendo direta e principalmente os interesses das empresas multinacionais de seus países. A Guerra do Golfo, por exemplo, desencadeada em 1990, após o Iraque Ter invadido o Kuwait, tanto serviu para deter o aumento do controle iraquiano na região como para proteger os investimentos das multinacionais do petróleo naquela área.

Afora essa proteção política e militar, alguns Estados concederam incentivos às grandes empresas através de políticos industriais. Na década de 60, por exemplo, diverso países europeus estabeleceram políticas favoráveis à criação de grandes empresas para se contrapor á intensa penetração das multinacionais norte-americanas. Os Estados Unidos e o Japão também já implementaram diversas políticas para beneficiar suas grandes empresas.

Uma das formas mais consagradas nesse tipo de relação tem sido o financiamento ( direto ou indireto ) da pesquisa cientifica ou tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos, materiais ou processos em setores de ponta. Em tempos recentes, os setores aeroespacial, de telecomunicações e de eletrônica dos Estados Unidos passaram a receber grandes investimentos por parte do governo, a fim de que desenvolvessem equipamentos ultra-sofisticados que comporiam um sistema de defesa denominado guerra nas estrelas. Quem recebeu maior parte das encomendas foram as grandes empresas, que, assim, puderam passar a concorrer em melhores condições com as multinacionais européias e japonesas.

Entretanto, certos Estados muitas vezes estatizam empresas privadas ou, mesmo, criam as suas próprias. A estatização das empresas, por sua vez, não impede nem retarda sua multinacionalização.

Não há multinacionais estatais com sede nos EUA, mas elas são comuns na Europa, com destaque para a França, que apresenta o maior número delas e em setores variados. A Grã-Bretanha, por sua vez, não apresenta empresas desse tipo, pois passou por um processo de privatização nos últimos tempos, e muitas de suas empresas estatais foram vendidas para a iniciativa privada.

O expressivo número de empresas estatais francesas de grande porte e mesmo sua disseminação em vários países europeus mostram que a gestão estatal não é, necessariamente, sinônimo de prejuízo e incompetência. Afinal, empresas do porte da Renout, da Fiat, da Pechiney, e etc.., passaram a apresentar melhores resultados justamente após sua estatização.

Nos países menos desenvolvidos industrialmente, as grandes empresas estatais têm maior atuação na área da infra-estrutura, sobretudo os setores, petrolífero e siderúrgico, destacando-se a Petrobrás como a maior das empresas multinacionais estatais desse grupo de países.

As multinacionais estatais, atuantes nos mais diversos setores, agem como corporações privadas e, como elas, olham para os espaços mundiais como um todo, saltando fronteiras em busca dos melhores lugares para o desenvolvimento de suas atividades.





CONGLOMERADOS, ACORDOS E ASSOCIAÇÕES





Perseguindo elevados padrões de produtividade e agilidade para adequar suas instalações industriais e sua produção ao contínuo avanço tecnológico, as empresas multinacionais apresentam alto grau de complementaridade. Isso quer dizer que, em vez de cada empresa desenvolver e fabricar todos os elementos necessários à elaboração de seus produtos e comercializá-los, uma parte deles é viabilizada mediante acordos estabelecidos com outras empresas.







Alianças estratégicas tecnológicas entre empresas





Setores Número de alianças



· Biotecnologia------------------------------------------------ 847

· Novos Materiais--------------------------------------------- 430

· Tecnologia de Informações------------------------------1660

· Computadores----------------------------------------------- 198

· Automação Industrial--------------------------------------- 278

· Microeletrônica----------------------------------------------- 383

· Sistemas------------------------------------------------------- 344

· Telecomunicações------------------------------------------- 366



Fonte François Chesnais, op, cit



A Tabela acima pode dar uma idéia da importância desse fenômeno. Seus autores conseguiram detectar a existência de 4.182 alianças entre empresas, no período de 1980 a 1989. A grande maioria desses acordos afirmou-se entre empresas dos EUA, da UE e do Japão e as áreas privilegiadas são principalmente de tecnologias de informação, relacionadas com avanço da microinformática e da robotização, e a de biotecnologia.

São vários os motivos para essa concentração. O custo da pesquisa cientifica voltada para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias é muito elevado, devido a fatores como mão-de-obra especializada, materiais utilizados, longos períodos para maturação dos trabalhos, etc. Por isso apenas as empresas de maior porte têm condições de custeá-la, graças aos próprios resultados das pesquisas: novos produtos e tecnologias. Antes de obter esses resultados, porém, é necessário investir grandes somas, por vários anos.



A Concentração da produção Industrial



Observando o mapa-múndi podemos notar que o processo de industrialização, embora tenha se espalhado praticamente por todo o mundo, ainda se apresenta muito concentrado em alguns países. Apenas vinte deles apresentam produção industrial acima de 60 bilhões de dólares, enquanto um grande número não chega perto de completar nem mesmo 1 bilhão. Assim podemos logo concluir que os destaques em relação ao volume de produção industrial são inegavelmente os Estados Unidos e o Japão. Logo após aparecem a Alemanha e outros países da UE, que, vista em conjunto, forma outro grande centro de produção industrial. Porém, podemos identificar fora desse eixo uma série de países que apresentam produções significativas : China, Brasil, Coréia do Sul, México, Argentina, Índia, Indonésia, Tailândia, África do Sul, Malásia, Cingapura entre outros .

Esses países, por terem apresentado um desenvolvimento industrial acelerado, principalmente a partir da década de 50, passaram a ser denominados países de Industrialização recente, e foi para eles que se deslocou grande número de empresas multinacionais.

Acontece que esses países possuem características muito diversificadas e, portanto, diversos também são os motivos de instalação das empresas multinacionais em cada um deles.

Veja-se o caso, por exemplo, dos chamados Tigres Asiáticos, que têm se destacado por uma presença significativa nos mercados internacionais. As empresas multinacionais desempenham um importante papel no processo de industrialização desses países, mas o seu objetivo básico e principal é a exportação das mercadorias ali produzidas, grande parte das vezes para o país onde está localizada a própria sede da multinacional.

Em outros países de industrialização recente, o processo é diferente, o Brasil, a Índia e a Argentina, por exemplo, também contam com uma presença expressiva de empresas multinacionais. Mas a maior parte da produção dessas empresas destina-se ao abastecimento dos mercados internos desses países, e apenas uma pequena parcela à exportação.

Nesse caso, portanto, o objetivo das empresas multinacionais é conquistar e atuar nesses mercados, ampliando assim sua penetração mundial.

Como podemos notar, as empresas multinacionais possuem um amplo controle dos espaços mundiais e deslocam-se por eles perseguindo alguma vantagem, seja os custos de produção mais baixos, seja o domínio de novos mercados consumidores.



As Multinacionais, os Paraísos Fiscais e as Zonas Francas.



Olhar para os espaço mundiais e decidir qual a melhor localização para atingir as metas da empresa, independentemente desta ou daquela fronteira. Essa é a teoria e a prática que as empresas multinacionais estão em condições de executar. Além dos exemplo que já demostrei nos parágrafos anteriores, resta ainda considerar as empresas que são constituídas juridicamente no chamados paraísos fiscais, assim como as que se instalam nas zonas francas.

Os paraísos fiscais, são normalmente pequenos países ou possessões que concedem imensas facilidades às empresas, bem como aos seus executivos que ali se instalam. Mesmo apresentando características distintas guardam em comum legislações liberais para o funcionamento dessas empresas, especialmente no que se refere ao pagamento de imposto muito reduzidos, se comparados com os previstos na maioria dos países.

Por isso, esses paraísos atraem principalmente a instalação de sedes ( apenas administrativas, sem unidades de produção ) de empresas dos mais variados tipos, que querem escapar dos controles e impostos existentes em seus países de origem e, assim ganhar maior liberdade de ação e reduzir custos.

As Zonas Francas, por sua vez, não somente oferecem as facilidades dos paraísos fiscais, isto é, as vantagens administrativas e fiscais a que nos referimos, como também dispõem da infra-estrutura necessária para receber unidades de produção e montagem de produtos, em geral destinados à exportação.





Considerações Finais



Mas a influência das multinacionais e a internacionalização da economia não se fazem sentir apenas com a instalação de indústrias e filiais pelo mundo afora. O comércio internacional também representa um papel importante nesse processo. O comércio internacional registrou um crescimento muito grande a partir da década de 50. Acontece que cada país teve uma participação diferente nesse processo de crescimento das trocas mundiais. Apenas 25 países classificados pelo Banco Mundial como de – alta renda - isto é, que apresentam renda per capita superior a 6 mil dólares anuais, dominavam quase 80% do comércio internacional em 1995. Assim podemos concluir que :



· O comércio internacional apresentou sensível crescimento após a década de 50 ;

· A grande maioria desse comércio é feita entre os países de industrialização mais avançada ;

· Nessas transações comerciais internacionais predominam os produtos industrializados ;

· Quem realiza grande parte dessas transações internacionais são as grandes empresas, principalmente as multinacionais ;



Com todo esse movimento, tanto de disseminação mundial da multinacionais quanto dos fluxos de mercadorias e da influência desses processos sobre o mundo como um todo, podemos afirmar que estamos diante de uma significativa diminuição do papel das fronteiras, jamais observadas em qualquer outro tempo da história da humanidade.

Como resultado, a vida dos homens na Terra tende a ser cada vez mais um fenômeno mundializado, em que grande parte do dia-a-dia é dominada por coisas que se fazem praticamente em todo o mundo.







Bibliografia.



almanaque Abril/2000



http:/www.apg.ufu.br/apgufsc/artigos/500





Fonte Darcy Ribeiro. O povo brasileiro a formação e o sentido do Brasil.

São Paulo, companhia das letras, 1995



Azevedo, Fernando, Princípios de sociologia, 7, ed. São Paulo: Melhoramentos



Diamantino – Douglas – Marcos, Geografia do Espaço Mundial

Editora Atual





Atividades para reflexão



01. O que são empresas multinacionais ?

02. Qual é a origem das empresas multinacionais ?

03. Como surgiu fábrica ?

04. O que são monopólios ?

05. Que motivos levaram determinadas empresas abrirem filiais no exterior

06. Por que o termo transnacional é o mais adequado para qualificar as empresas que costumeiramente chamamos de multinacionais ?

07. Por que o crescimento das empresas multinacionais pode conduzir a situações de monopólio ?

08. Qual a postura dos grandes conglomerados em relação à pesquisa científica ? Por quê ?

09. Que tipo de relação se pode estabelecer entre o Estado e as empresas de um país ?

10. Que motivos levam as empresas a estabelecerem acordos e associações ?

11. Qual a lógica da distribuição territorial das multinacionais ?

12. O que são paraísos fiscais ?

13. O que são zonas Francas ?

14. O que leva as empresas a se instalarem na zonas francas ou nos paraísos fiscais ?

15. O que significa afirmar que tais empresas apresentam alto grau de complementaridade ?

16. O que são países de industrialização recente ? Dê alguns exemplos e indique o papel desempenhado pelas multinacionais na industrialização desses países .

17. Quais as principais características do comércio internacional ? Qual a relação existente entre mundialização e fluxos comerciais ?